NEOVITE LUTEIN
BAUSCH & LOMB
ascórbico, ácido + tocoferol + selênio + zinco + luteína + associações
Suplemento vitamínico.
Apresentações.
Mínima Comp. rev. cx c/60.
Ascórbico, ácido
Ações terapêuticas.
Anti-infeccioso. Antioxidante.
Propriedades.
O ácido ascórbico é necessário para a formação de colágeno e reparação de tecidos corporais e pode estar envolvido em algumas reações de oxidação e redução. Intervém no metabolismo da fenilalanina, tirosina, ácido fólico e ferro; na utilização dos hidratos de carbono, na síntese de lipídeos e proteínas e na conservação da integridade dos vasos sanguíneos. Como coadjuvante da deferoxamina, tem uma interação complexa, pois em pequenas doses orais (150 a 250 mg/dia) pode melhorar a ação quelante da deferoxamina e aumentar a excreção de ferro. Absorve-se de forma rápida no trato gastrintestinal (jejuno), sua união às proteínas é baixa (25%). Encontra-se presente em plasma e células e as maiores concentrações se apresentam no tecido glandular. Metaboliza-se no fígado e é excretado pelo rim, sendo pouca quantidade sem metabolizar ou como metabólito. A excreção urinária aumenta quando as concentrações no plasma são superiores a 1,4 mg/100 ml.
Indicações.
Profilaxia e tratamento da deficiência de vitamina C, que se produz como resultado de uma nutrição inadequada. Escorbuto. As necessidades de vitamina C aumentam em pacientes submetidos a hemodiálise crônica, doenças gastrintestinais, câncer, úlcera péptica, infecções, lactentes que recebem fórmulas não-enriquecidas. Dietas não-usuais, gravidez e lactação.
Posologia.
Há doses dietéticas das vitaminas (RDA). São valores estabelecidos pela Food and Nutrition Board of the National Research Council. RDA - crianças de 4 a 6 anos: 45 mg; homens adultos: 60 mg; mulheres adultas: 60 mg; mulheres grávidas: 80 mg; mulheres em período de lactação: 100 mg. Estas quantidades, em geral, são complementadas por dietas adequadas. Fonte dietética de ácido ascórbico: cítricos, tomate, pimentão cru. Dose usual para adultos - oral: 50 a 100 mg/dia. Diálise crônica: 100 a 250 mg/dia. Tratamento da deficiência: 100 a 250 mg/dia. Doses pediátricas usuais, suplemento dietético - lactentes e crianças menores de 4 anos: 20 a 50 mg/dia. Tratamento da deficiência: 100 a 300 mg/dia em doses fracionadas. Injetável - dose usual para adultos: suplemento nutricional via IM ou IV: 100 a 250 mg, 1 a 3 vezes ao dia. Doses pediátricas usuais via IM ou IV: 100 a 300 mg/dia em doses fracionadas.
Reações adversas.
Após a administração prolongada de 2 a 3 g/dia, ao suspender a medicação pode ocorrer escorbuto. Em dose alta, pode causar dor na região renal, pois o uso prolongado de doses elevadas pode produzir precipitação de cálculos de oxalato no trato urinário. Diarreia, cefaleias, náuseas, vômitos e gastralgias são sintomas que podem aparecer por doses elevadas.
Precauções.
Não administrar doses altas durante a gravidez. Antecedentes de formação de cálculos ou gota.
Interações.
O uso simultâneo de barbitúricos ou primidona pode aumentar a excreção de ácido ascórbico na urina. O uso crônico ou em doses elevadas com dissulfiram pode interferir na interação dissulfiram-álcool. A acidificação da urina produzida pelo uso de grandes doses de ácido ascórbico pode acelerar a excreção renal de mexiletina. A prescrição conjunta com salicilatos aumenta a excreção urinária de ácido ascórbico.
Contraindicações.
Embora não haja evidência de efeitos prejudiciais, não foi estabelecida a segurança no feto com doses altas de vitamina C. Deverá ser avaliada a relação risco-benefício em pacientes com hiperoxalúria, cálculos renais, diabetes mellitus, hemocromatose, anemia sideroblástica, talassemia, anemia drepanocítica.
Tocoferol
Ações terapêuticas.
Vitamina E. Suplemento nutricional. Antioxidante biológico.
Propriedades.
É uma vitamina lipossolúvel essencial na nutrição, mesmo que sua função exata seja desconhecida. O tocoferol inibiria a formação dos radicais livres (subproduto das reações de oxidação da mitocôndria) e seu efeito nocivo sobre os lipídeos da membrana celular e sobre outros componentes celulares, incluindo o DNA e as proteínas estruturais e enzimáticas. Protege os eritrócitos de sofrerem hemodiálise. Também pode agir como cofator em alguns sistemas enzimáticos. É absorvido no trato gastrintestinal (20% a 80%). Une-se a betalipoproteínas no sangue e seu armazenamento ocorre em todos os tecidos, especialmente no adiposo. Seu metabolismo é hepático e é eliminado pelas vias biliar e renal. Tem-se observado que a administração de tocoferol em indivíduos fumantes provoca melhora e respostas benéficas ao inibir os fenômenos de peroxidação eritrocitários, dos quais resulta um retardo no envelhecimento mitocondrial com uma melhora na produção de ATP dependente do oxigênio. O efeito antioxidante previne a formação e ação dos carcinógenos químicos.
Indicações.
Prevenção e tratamento de estados carenciais de vitamina E. Prevenção do envelhecimento celular.
Posologia.
Adultos: prevenção da deficiência: oral, 30UI/dia. Deficiência: 60U a 75U/dia. Doses pediátricas: 1U/kg/dia. Como antioxidante: segundo o critério do médico e o quadro clínico, em geral, aceita-se uma dose média de 400 a 2.000 mg/dia.
Reações adversas.
Com doses maiores do que 400U a 800U/dia durante períodos prolongados: visão turva, diarreia, tonturas, cefaleias, náuseas, cansaço ou debilidade graves. As doses mais elevadas (mais de 800U/dia) têm sido associadas com maior incidência de hemorragia em pacientes com deficiência de vitamina K.
Precauções.
Não utilizar as vitaminas como substitutos de uma dieta equilibrada nem ingerir doses maiores do que as recomendadas.
Interações.
Os antiácidos (hidróxido de alumínio) podem precipitar os ácidos biliares no intestino delgado e assim diminuir a absorção de vitaminas lipossolúveis. Não utilizar anticoagulantes com grandes doses de tocoferol, pela possibilidade de ocorrer hipoprotrombinemia. A colestiramina e o óleo mineral podem interferir na absorção da vitamina E. O tocoferol pode facilitar a absorção, armazenamento e utilização da vitamina A.
Contraindicações.
A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de hipoprotrombinemia por deficiência de vitamina K. Anemia por deficiência de ferro.
Zinco
Ações terapêuticas.
Adstringente.
Propriedades.
O óxido de zinco e a calamina (óxido de zinco + óxido férrico) são pós-inertes de origem mineral que são empregados de forma tópica sobre a pele com fins protetores. A ação do zinco é devida à formação de uma fina película que, ao aderir com facilidade à superfície cutânea lesada, protege a pele de irritações, escoriações e coceiras. Além disso, possui efeitos adsorventes e secantes, que são úteis nas dermatites úmidas (eczemas, intertrigo, dermatite, hemorroidas). O zinco é utilizado em numerosas preparações farmacêuticas associado ao caolim, ao amido de milho, ao talco e ao dióxido de titânio. É também usado em formulações de protetores solares, devido a sua capacidade de refletir a radiação ultravioleta. Combinado com ácido fosfórico e óleos essenciais, é usado como cimento odontológico para preencher provisoriamente cavidades dentárias.
Indicações.
Proteção cutânea em eczemas e escoriações. Filtros solares. Dermatites e dermatoses de várias etiologias. Pruridos. Eczemas úmidos.
Precauções.
Observou-se que, na forma de preenchimento cavitário dental temporário em Odontologia, os cimentos de óxido de zinco favorecem o desenvolvimento de aspergilose maxilar.